Assim como as mulheres sofrem com a diminuição dos hormônios em uma fase conhecida como menopausa, nos homens pode haver um momento praticamente equivalente. A andropausa, nome popular de um distúrbio conhecido como DAEM – deficiência androgênica do envelhecimento masculino, corresponde à queda na produção hormonal do homem, podendo apresentar efeitos indesejados no organismo.
Vamos saber mais sobre causas, tratamento e sintomas da andropausa?
O que é andropausa?
Andropausa é a fase que é caracterizada pela diminuição do hormônio testosterona no organismo dos homens. O termo mais correto é Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM).
Todos os hormônios são espécies de mensageiros químicos, produzidos nas glândulas do corpo e transportados pelo sangue para atuar em diversos órgãos.
A testosterona é produzida nos testículos e glândulas adrenais masculinas e nos ovários e glândulas suprarrenais nas mulheres. Porém, nos homens, a produção desse hormônio é 30 vezes maior do que no organismo feminino, ou seja, de importância extrema para o desenvolvimento masculino saudável, especialmente no que se refere ao sistema genital.
O hormônio vai determinar algumas características físicas e comportamentais, como o tom das vozes, a massa muscular, o fortalecimento da estrutura óssea, a quantidade de pelos no corpo, o amadurecimento dos órgãos sexuais e a ativação de certas áreas cerebrais, responsáveis pelo desejo sexual.
Mas o que acontece na DAEM é o que vamos ver a seguir.
Quais são os sintomas da andropausa?
Alguma pessoas devem se perguntar: menopausa e andropausa, quais são as semelhanças e diferenças? A redução de hormônios nos organismos femininos e masculinos é o ponto em comum.
A principal diferença é que para os homens, essa queda hormonal é mais rara e ocorre de forma mais lenta e progressiva. Pode começar a partir dos 30 anos, mas entre os 40 e 55 anos seus efeitos costumam ser potencializados.
Nas mulheres, a menopausa é bem marcada por volta dos 45 a 50 anos, com queda acentuada dos hormônios estrógeno e progesterona, com sintomas inconfundíveis como os fogachos (ondas de calor), diminuição da libido, irritabilidade, entre muitos outros.
Mas se no organismo feminino o marco inconfundível da menopausa é o fim da menstruação e os sintomas que estão bem evidentes, na DAEM os sintomas podem ser muito mais discretos e variar de homem para homem. Alguns estudos apontam que apenas 20% dos homens após os 40 anos vão sofrer queda de testosterona.
Caso surjam, os sintomas podem ser:
- Diminuição de massa muscular;
- Diminuição da libido;
- Perda de energia (fadiga);
- Diminuição das ereções noturnas e matinais;
- Mudanças de comportamento e humor;
- Distúrbios do sono;
- Aumento da gordura visceral;
- Comprometimento da memória;
- Alterações na agilidade física.
A mudança de comportamento nos homens pode ser percebida, e suas parceiras devem ficar bem atentas. Alguns estresses, abuso de álcool, cirurgias, uso de certas medicações e obesidade tanto podem desencadear de forma mais rápida os problemas hormonais masculinos quanto podem confundir o diagnóstico.
Essa atenção com a saúde masculina é muito importante porque a queda da testosterona pode também ocasionar problemas cardiovasculares e osteomusculares.
Como tratar andropausa?
Ao procurar entender andropausa, o que é e buscar tratamentos, o homem precisa saber qual a especialidade deve procurar.
O médico especialista em andropausa é o urologista. A andrologia, subespecialidade da urologia, cuida da saúde do homem, especialmente no que se refere às funções reprodutoras e sexuais.
Para a identificação correta e avaliação completa deste distúrbio, uma boa anamnese e história clínica bem como a realização de exames gerais fazem-se necessários. A dosagem dos níveis de testosterona é imprescindível para o diagnóstico confirmatório e para a definição do tratamento.
O tratamento prevê administração de medicamentos para andropausa. A reposição de testosterona (TRT), principalmente injetável, poderá ser indicada.
A TRT deve ser feita de forma individualizada, devendo-se escolher a melhor dose e via de reposição respeitando as particularidades de cada paciente.
É importante esclarecer que a reposição hormonal é segura quando bem realizada, embora tenha sido associada erroneamente a uma das causas do câncer de próstata.
Essa possibilidade foi indagada pela classe médica por mais de 60 anos, porém, depois de vários estudos ficou demonstrado que não há riscos de desenvolvimento de doenças na próstata. Inclusive, a reposição de hormônio pode ser também indicada com segurança para homens que já tiveram câncer de próstata.
Outro alerta aos homens é que a reposição de testosterona só deve ser utilizada para aqueles que estão com baixo nível do hormônio, e não como uso de esteróides anabolizantes, utilizados de forma indiscriminada por muitos praticantes de atividades físicas.
Esse uso indevido pode até mesmo causar atrofia testicular, infertilidade, impotência e vários outros transtornos à saúde masculina.
E agora que você entendeu o que significa andropausa, é fundamental buscar auxílio de profissional habilitado para a realização do tratamento adequado. Evite buscas e soluções milagrosas, como “andropausa tratamento natural”. Os médicos especialistas sempre serão os mais indicados para ajudá-lo de forma segura com o problema.
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