A retirada da próstata é uma medida necessária em casos específicos de saúde masculina, principalmente quando condições graves, como o câncer de próstata, tornam-se evidentes ou avançadas.
A prostatectomia, como é chamado o procedimento de remoção total ou parcial da glândula, pode ser indicada para pacientes que enfrentam doenças que não respondem bem a outros tratamentos menos invasivos, em casos de hiperplasia benigna (remoção parcial) ou em casos de câncer localizado, em fase inicial (remoção total).
Saber quando a remoção deste órgão é realmente necessária envolve entender fatores como a saúde geral do indivíduo, o estágio da enfermidade e as recomendações médicas individualizadas.
Para esclarecer o que acontece com a retirada da próstata, neste conteúdo, vamos relatar em que situações essa abordagem é recomendada, os critérios para a decisão e como ela impacta a qualidade de vida dos homens. Veja só!
Em quais casos o homem deve realizar a cirurgia de retirada total da próstata?
O procedimento cirúrgico é recomendado para pacientes com diagnóstico de câncer de próstata.
Conforme dados do Ministério da Saúde, a doença ocupa a segunda posição entre as mais comuns em homens, ficando atrás apenas do câncer de pele.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca) estimou que para o período de 2023 a 2025, mais de 70,4 mil homens no Brasil em cada ano serão diagnosticados com a enfermidade.
O tumor de próstata, geralmente, não manifesta sintomas nas fases iniciais, o que torna essencial o acompanhamento regular com um urologista, especialmente a partir dos 40 anos.
Nessa faixa etária, o crescimento da glândula pode provocar sintomas que muitas vezes são confundidos com os do câncer de próstata, como:
- Dificuldade para iniciar o fluxo urinário;
- Micção prolongada;
- Aumento da frequência urinária noturna;
- Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga;
- Incapacidade de urinar;
- Infecções do trato urinário.
Durante o acompanhamento urológico, a suspeita da doença surge principalmente devido a alterações no PSA ou no exame de toque retal.
A confirmação diagnóstica é feita por biópsia. Para muitos pacientes diagnosticados em estágios iniciais, a cirurgia de retirada da próstata oferece uma alternativa terapêutica eficaz.
O que é a cirurgia para retirada da próstata?
A retirada da próstata é feita por meio de uma intervenção cirúrgica denominada prostatectomia radical.
São 2 as principais vias de acesso cirúrgico: a forma aberta (convencional) ou através de pequenas incisões e minimamente invasivas – procedimento laparoscópico ou robótico.
Na abordagem, o médico especialista vai remover a glândula, os tecidos que a circundam e também as vesículas seminais, que são bolsas reservatórias do sêmen.
Após retirada do órgão, o primeiro resultado que o urologista espera é a eliminação do câncer e, consequentemente, as chances de propagação do tumor para outras partes do organismo.
O antígeno prostático específico (PSA) é a principal forma de monitoramento pós-operatório. Como o PSA é produzido exclusivamente pela próstata, o resultado esperado é um valor muito baixo, próximo de zero.
Mas, quando durante o acompanhamento, um exame mostra um PSA alto após remoção da glândula, a principal suspeita é a recidiva ou recorrência da doença.
Como é feita a cirurgia de retirada da próstata?
A retirada da próstata é um procedimento realizado para tratar problemas nesse órgão.
A escolha do tipo de cirurgia é realizada de acordo com as necessidades individuais de cada paciente, considerando o grau da doença e o estado geral de saúde.
Sendo assim, confira algumas das opções de intervenções cirúrgicas:
Procedimento por laparoscopia
Esse método é realizado por meio de pequenas incisões, através das quais o cirurgião insere instrumentos que possibilitam visualizar o interior do abdômen e remover a próstata sem a necessidade de grandes cortes.
É uma alternativa mais vantajosa de modo geral, pois reduz a perda de sangue e proporciona uma recuperação mais rápida ao indivíduo.
Cirurgia robótica
Método que remove a glândula e as vesículas seminais para tratar o câncer de próstata.
É realizada por meio de uma técnica laparoscópica (por vídeo), na qual o cirurgião utiliza um sistema de braços robóticos de ampla destreza, controlados por meio de um console instalado na sala de cirurgia.
Vantagens da prostatectomia robótica:
- Visão tridimensional e ampliada do campo operatório, com magnificação de imagem de 15 vezes;
- Amplificação dos movimentos da mão humana, facilitando a reconstrução da anatomia;
- Menor risco de sequelas, como incontinência urinária e impotência sexual;
- Menor risco de infecção e necessidade de transfusão de sangue.
Intervenção aberta
Essa é a abordagem mais tradicional, na qual o especialista faz uma incisão para remover a próstata e os tecidos ao redor. Esse método é mais invasivo e tem sido utilizado com menos frequência.
Retirada da próstata: consequências do pós-operatório
A cirurgia retirada da próstata é um procedimento de alta complexidade, pois dependendo da extensão da doença, pode ser necessário remover vários feixes nervosos e estruturas musculares importantes ao redor da glândula, o que impacta funções do sistema urinário e sexual.
Dessa forma, as consequências da retirada da próstata consistem em: após a cirurgia, o paciente usará uma sonda no canal urinário por cerca de 5 a 7 dias. Quando essa sonda é removida, é possível que ocorram escapes urinários de intensidade variada.
Medidas devem ser adotadas para reduzir a incontinência urinária, que pode ser leve ou intensa e de curta ou longa duração.
Exercícios para fortalecer o assoalho pélvico auxiliam na recuperação do controle urinário. É importante lembrar que o uso de fraldas ou absorventes será necessário temporariamente.
Muitos homens conseguem retomar suas atividades normais em poucas semanas após a técnica, com a volta ao trabalho entre 2 a 3 semanas, dependendo do tipo de procedimento realizado.
Em intervenções minimamente invasivas, como a laparoscópica e a robótica, a recuperação tende a ser mais rápida, enquanto na prostatectomia aberta o período de recuperação pode se estender até 12 semanas.
Lembre-se: a abordagem aberta está sendo utilizada com menos frequência.
A retirada da próstata pode causar impotência sexual?
Em muitos casos, a retirada da próstata causa impotência de maneira temporária, podendo levar até 2 anos para a recuperação completa. Importante é ter paciência e adotar medidas necessárias para a volta da sua potência sexual.
O uso de medicações vasodilatadoras contribui para um retorno mais precoce da função sexual, bem como injeções próprias para este fim.
Outros mecanismos, como dispositivos de vácuo ou implantes de próteses penianas, apresentam elevada satisfação em casos mais graves de disfunção erétil.
Além disso, na retirada da próstata, o câncer é extirpado e com ele boa parte da estrutura necessária para a emissão do sêmen. Por isso, a ausência de ejaculação e infertilidade são comuns nos homens operados.
Quando os indivíduos são mais jovens, as estruturas vitais para o funcionamento normal do assoalho pélvico são mais resistentes, portanto, a possibilidade do retorno natural da ereção é mais efetiva.
No entanto, com o avanço da tecnologia e o surgimento da prostatectomia robótica, que é um procedimento seguro e eficaz para o tratamento do câncer, as chances de preservação da potência sexual e incontinência urinária aumentaram.
Essa técnica oferece diversas vantagens em relação à prostatectomia aberta, incluindo menor risco de impotência sexual, incontinência urinária, menor risco de infecção e transfusão de sangue, resultando em uma recuperação mais rápida.
Qual o valor do PSA após retirada da próstata?
Em geral, os níveis de PSA devem se tornar indetectáveis de 4 a 8 semanas após a retirada total da próstata, com isso, os laboratórios relatam esse valor como < 0,1.
Assim, se um homem apresentar níveis elevados de PSA após a remoção da glândula, é fundamental que ele consulte seu médico especialista para uma avaliação detalhada da situação.
Conclusão
A retirada da próstata é uma decisão que deve ser tomada com cautela e sempre baseada em um diagnóstico preciso e na orientação de um especialista.
Embora o procedimento seja recomendado em casos específicos, como no tratamento de câncer de próstata em estágio avançado, as opções de tratamento variam conforme as necessidades e a saúde geral do paciente.
Manter um acompanhamento regular com o urologista e estar atento a qualquer sinal ou sintoma pode fazer a diferença, permitindo a detecção precoce de problemas e aumentando as chances de um tratamento eficaz.
Retirada da próstata com o Dr. Paulo Maron
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A sua abordagem visa dar assistência individualizada e global ao indivíduo e não apenas nos órgãos que adoecem.
Por isso, o Dr. Paulo Maron está sempre centrado no paciente, com o objetivo de sanar suas dúvidas e reduzir as suas ansiedades, além de oferecer tratamentos de alta qualidade, com foco no bem-estar dos seus atendidos.
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