“Biópsia de próstata resultado positivo”: um diagnóstico que pode trazer uma série de preocupações e incertezas para qualquer homem. Neste momento delicado, compreender os próximos passos é fundamental para tomar decisões informadas e enfrentar a situação com serenidade.
Neste artigo, desejamos fornecer informações valiosas e orientações essenciais para aqueles que estão enfrentando essa realidade, abordando os caminhos a serem trilhados após um diagnóstico de câncer de próstata.
Portanto, leia este post até o fim para conhecer as opções disponíveis de tratamento e os cuidados necessários para seguir em frente com confiança e assertividade!
Em quais situações a biópsia de próstata é recomendada?
A biópsia de próstata costuma ser solicitada pelo médico após a detecção de algumas alterações nos exames iniciais da glândula. Serve para descartar ou dar certeza do diagnóstico de um câncer e tratamento a partir de seus estágios.
Em geral, a necessidade de analisar a próstata pode ser recomendada nos seguintes casos:
- Detecção de nódulos na glândula durante o exame de toque retal;
- PSA acima de 4,0 ng/mL;
- PSA acima de 2,5 ng/mL antes dos 60 anos;
- Ressonância magnética com alterações suspeitas.
Vale ressaltar que a determinação de proceder com uma biópsia deve ser fruto de uma avaliação criteriosa por parte do urologista.
Esta decisão leva em conta diversos fatores, incluindo a idade do paciente, seu estado geral de saúde, os resultados de exames prévios e outros elementos de risco.
Na maioria dos casos, o diagnóstico de câncer de próstata, se existente, é usualmente feito logo após a realização da primeira biópsia.
Biópsia de próstata com resultado positivo: como prosseguir após o diagnóstico?
Receber um diagnóstico de biópsia de próstata com resultado positivo pode ser um momento desafiador e preocupante para qualquer indivíduo. Essa notícia pode desencadear uma série de emoções e dúvidas sobre o que fazer a seguir.
Nas situações em que a biópsia confirmar o câncer de próstata, o patologista deve determinar o estágio em que a doença está a partir das amostras coletadas, ou seja, é a fase de estadiamento, onde a patologia é classificada.
Essa classificação é feita com base na escala de Gleason, sistema que avalia o grau histológico do câncer de próstata. Entretanto, como a maioria dos cânceres têm áreas com graus diferentes, uma segunda nota de Gleason é adicionada ao segundo padrão mais predominante.
As duas notas devem ser somadas para determinar a pontuação de cada paciente. Essa escala possibilita classificar a doença em três grupos diferentes. São eles:
- Gleason 6: tumores de baixo grau;
- Gleason 7: tumores de grau intermediário;
- Gleason de 8 a 10: tumores de alto grau.
Dessa forma, baseado no exame clínico, no PSA e no resultado da biópsia, determinamos em que situação a doença se encontra. Saberemos aqui se estamos diante de uma patologia relativamente indolente ou agressiva. Esse passo pode incluir alguns testes como cintilografia óssea, ressonância e tomografia.
Após concluir tal etapa, o médico especialista deve discutir com o paciente as possibilidades terapêuticas de tratamento.
Quais tratamentos são recomendados após uma biópsia com resultado positivo para o câncer de próstata?
O tratamento para câncer de próstata pode ser feito com remédios, radioterapia ou cirurgia, conforme indicação do especialista e da fase em que a doença se encontra. As abordagens iniciais podem ser feitas de várias formas, que incluem:
Vigilância ativa
O acompanhamento do paciente é feito seguindo uma rotina rigorosa, com consultas periódicas, realização de PSA total e livre e exame de toque retal, bem como ressonância da próstata e biópsia.
É uma forma interessante e crescente de postergar um tratamento mais invasivo em pacientes selecionados: aqueles que possuem um câncer indolente com baixíssimo volume de doença.
Intervenção cirúrgica
Método mais utilizado e que consiste na eliminação completa da glândula. A maneira convencional, chamada prostatectomia aberta, a próstata é retirada através de um corte feito no abdômen sob anestesia geral. Normalmente, o paciente fica internado 2 a 3 dias.
Há também a cirurgia por videolaparoscopia pura, que exige bastante destreza do cirurgião, uma vez que a retirada da glândula é feita por instrumentos que passam através de pequenos cortes no abdome. A recuperação costuma ser mais rápida e o sangramento durante a intervenção menor.
Mas também há a possibilidade da cirurgia robótica de próstata, que é a modalidade de tratamento cirúrgico na qual o urologista aplica técnica laparoscópica (por vídeo) e utiliza um sistema de braços robóticos de alta precisão, controlados pelo próprio cirurgião através de um console instalado na sala de cirurgia.
No tratamento cirúrgico para câncer de próstata, ela vem sendo considerada a melhor opção para o paciente.
Radioterapia
Aplicação de radiação por toda área da glândula, eliminando as células de câncer. O o tratamento com radioterapia é usado em casos em que a cirurgia está contraindicada ou quando o paciente recusa esse tipo de abordagem.
Terapias ablativas
Nesta modalidade, duas opções se destacam: a braquiterapia e o tratamento focal – HiFU: High Intensity Focused Ultrasound.
O primeiro tem indicações limitadas e tem sido pouco utilizado no mundo. Já o HiFU vem em crescente utilização, principalmente, na Europa e EUA. No Brasil, seu manuseio ainda é restrito a poucos centros e está indicado para quadros de recidiva e para os pacientes portadores de pequeno volume da doença ou de comportamento menos agressivo.
Já o tratamento para o câncer de próstata avançado vai depender se a doença se encontra localizada (localmente avançada) ou se formou metástases. A seguir conheça as opções utilizadas em fases mais agressivas:
Terapia hormonal
O bloqueio androgênico é uma das possibilidades terapêuticas para um câncer de próstata em estágio avançado.
Conhecida como Terapia Hormonal Primária ou Terapia de Supressão de Andrógenos, esse tipo de tratamento prevê o impedimento da produção de testosterona, que é o principal agente estimulante da fase inicial para o estágio do câncer avançado de próstata. Para isso, pode ser realizada castração química ou cirúrgica.
A terapia hormonal química é feita com medicamentos que impedem o corpo de produzir testosterona. Já, a castração cirúrgica consiste na retirada dos tecidos testiculares produtores de testosterona.
Cirurgia – orquiectomia subcapsular bilateral
O tratamento cirúrgico visa extirpar o hormônio masculino do corpo. Como os testículos são os principais produtores, a retirada dos seus tecidos implicará na redução da testosterona no organismo, chegando a valores próximos a zero.
O procedimento, que é considerado de pequeno porte, é feito através de um corte no saco escrotal onde são acessados os testículos, e então realizado a remoção dos túbulos seminíferos, região produtora do hormônio.
O bloqueio hormonal tanto químico quanto cirúrgico tem excelente efeito sobre o avanço das células cancerígenas, mas pode promover alguns efeitos colaterais no organismo do homem, como ondas de calor, mudanças de peso, desânimo, disfunção erétil e perda da densidade óssea.
Quando o câncer começa a se disseminar para outros órgãos, é provável que o primeiro ponto a ser atingido sejam os ossos.
Após a utilização do bloqueio hormonal primário, a doença costuma abrandar-se. Porém, passados alguns meses ou anos, ela desenvolve mecanismos de autoalimentação e, desta forma, burla nosso sistema de defesa. O resultado é uma nova elevação do PSA e aparecimento de mais metástases. A doença voltou a agir.
Neste momento, dispomos de algumas opções para retomar o controle:
Quimioterapia
A quimioterapia pode ser uma opção de tratamento nos pacientes com metástases, especialmente que já possuem uma doença resistente ao bloqueio dos hormônios.
Embora muitos pacientes temam os efeitos colaterais da quimioterapia, em muitos casos, o tratamento pode melhorar a qualidade de vida, com a diminuição da dor já provocada pela doença.
Radioterapia direcionada à lesão de metástase
Tem excelente efeito em casos específicos, melhorando a dor e reduzindo as chances de fraturas.
Acompanhamento pós-tratamento de câncer na próstata
O acompanhamento é feito com consultas periódicas e dosagens de PSA. A intenção é manter os níveis desta proteína próximos a zero ou indetectáveis.
Nos primeiros 2 anos, devemos ter dosagens frequentes (3 a 6 meses) e daí em diante realiza-se o acompanhamento anualmente, pelo resto da vida.
A título de informação, a quimioterapia é pouco utilizada no tratamento para câncer de próstata. Em geral, lançamos mão em uma etapa bem avançada, o que é incomum nesta doença.
Lembre-se que a consulta médica não deve ser substituída por nenhuma informação escrita neste texto.
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Tratamento para câncer após uma biópsia de próstata com resultado positivo é com o Dr. Paulo Maron
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Sua abordagem visa dar assistência individualizada e global ao paciente e não apenas nos órgãos que adoecem.
Por isso, o profissional está sempre centrado no paciente, com o objetivo de sanar suas dúvidas e reduzir as suas ansiedades, além de oferecer tratamentos de alta qualidade, com foco no bem-estar dos seus atendidos.
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