Esses métodos são eficazes para o tratamento da próstata, mas cada um apresenta indicações, benefícios e limitações diferentes. Entenda as principais diferenças para fazer a escolha certa com o seu urologista.
Qual tratamento é mais indicado para a hiperplasia prostática benigna (HPB): HoLEP ou Rezum? Cada opção oferece abordagens diferentes, mas com bons resultados clínicos.
Com o avanço da Medicina na área de Urologia, métodos como o HoLEP ou Rezum têm se consolidado como alternativas modernas às cirurgias tradicionais, já que reduzem o tempo de internação e o risco de complicações.
As duas técnicas são minimamente invasivas, no entanto, por mais que compartilhem o mesmo objetivo, como restaurar o fluxo urinário e melhorar a qualidade de vida, as abordagens são diferentes.
Enquanto o Rezum utiliza vapor de água para reduzir o tecido prostático, o HoLEP se baseia no uso do laser para remoção precisa da próstata.
Neste artigo, você vai entender melhor como funciona cada técnica, quais são suas vantagens e desvantagens e em que casos uma pode ser mais indicada que a outra.
Boa leitura!
Como funcionam os tratamentos HoLEP e Rezum?
O HoLEP (enucleação prostática com laser de Holmium) é uma cirurgia minimamente invasiva que utiliza um feixe de laser para remover, com precisão, o tecido prostático que causa obstrução.
O procedimento é feito por via uretral, portanto, não necessita de cortes, e permite que até próstatas de grande volume sejam tratadas de forma eficaz.
A técnica HoLEP tem se mostrado segura e muito eficiente, com baixa taxa de complicações.
A duração média do procedimento é de 1 a 3 horas, e exige internação de 24 a 48 horas e o uso de sonda vesical por até 2 dias, com retorno gradual às atividades.
Como remove fisicamente o tecido aumentado, costuma oferecer melhora imediata dos sintomas urinários.
Já o Rezum é uma tecnologia mais recente, que utiliza energia térmica liberada de jatos de vapor de água injetados diretamente na próstata.
O vapor é direcionado por um cistoscópio, que é inserido pela uretra, e promove a destruição controlada das células que causam o aumento prostático.
Esse tecido é reabsorvido pelo organismo ao longo das semanas, desobstruindo o canal urinário de forma gradual.
O Rezum é realizado com anestesia leve, em ambiente ambulatorial, e permite que o paciente receba alta hospitalar no mesmo dia. O procedimento costuma durar menos de 1 hora.
A sonda urinária costuma ser mantida por poucos dias e a recuperação é tranquila, com menor risco de disfunções urinárias ou sexuais.
Qual a diferença na recuperação do HoLEP e do Rezum?
O HoLEP, apesar de ser minimamente invasivo, é considerado um tratamento cirúrgico, mesmo que não realize cortes.
Por aplicar um laser na região, o procedimento exige internação hospitalar, anestesia mais profunda e, geralmente, a colocação de sonda por até 2 dias.
A recuperação é mais lenta em comparação ao Rezum, com retorno gradual às atividades, contudo, oferece um alívio mais rápido dos sintomas urinários.
Além disso, alguns pacientes podem experimentar sintomas conhecidos após a operação, como irritação ao urinar, presença de sangue na urina, aumento na frequência urinária, entre outros.
Contudo, estes efeitos tendem a melhorar conforme a recuperação dos tecidos tratados.
Já o Rezum é um procedimento ambulatorial, ou seja, realizado sem internação hospitalar, diferentemente do HoLEP.
O paciente recebe alta no mesmo dia e pode retomar atividades leves após poucos dias, geralmente entre 4 e 7 dias.
Os sintomas pós-operatórios são variáveis, alguns pacientes experimentam ardência e desconforto por um período curto ou prolongado, mas que podem ser controlados com analgésicos.
O método utiliza vapor de água para reduzir o tecido prostático e causa menos trauma à região, o que favorece um retorno mais assertivo das funções sexuais.
No entanto, a melhora nos sintomas ocorre de forma mais lenta do que o HoLEP, entre 4 e 6 semanas após o procedimento, se estendendo até 6 meses.
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Quando Rezum ou HoLEP são indicados?
A indicação do tratamento ideal depende de fatores como o tamanho da próstata, a intensidade dos sintomas e o perfil de saúde do paciente.
O HoLEP consegue eliminar completamente o tecido prostático aumentado, portanto, costuma ser mais indicado para pacientes que apresentam um volume maior de tecido prostático.
O procedimento também é sugerido para homens que necessitam de alívio imediato dos sintomas urinários ou quando já realizaram outros tratamentos que não surtiram o efeito esperado.
Já o Rezum é, geralmente, recomendado para pacientes com hiperplasia benigna da próstata de leve a moderada, portanto, quando os sinais clínicos são mais brandos.
O vapor d’água reduz o tamanho da próstata de forma gradual ao longo das semanas, o que permite uma recuperação mais tranquila, com menos efeitos colaterais.
Por isso, pode ser indicada para pacientes com condições de saúde com contra indicação para realização de cirurgias ou administração de anestesias mais profundas.
Além disso, apesar do HoLEP já ser um procedimento menos invasivo do que as cirurgias tradicionais, o Rezum consegue oferecer menos complicações.
O Rezum consegue preservar com mais eficiência a função sexual dos pacientes, o que é principalmente importante para homens que desejam ter o mínimo possível de efeitos colaterais na vida sexual.
Já o HoLEP oferece um risco maior de afetar a ejaculação e causar algum tipo de disfunção nesse sentido. Contudo, promove um efeito imediato e mais duradouro, com menos chances da doença retornar.
HoLEP ou Rezum: como definir o melhor tratamento?
Escolher entre HoLEP ou Rezum exige uma análise cuidadosa das características da próstata, da gravidade dos sintomas e, principalmente, do perfil e das expectativas do paciente.
Ambas as técnicas são eficazes, mas com pequenas diferenças que impactam na escolha: duração do procedimento, tempo do alívio dos sintomas, recuperação do paciente, possíveis efeitos colaterais, entre outros.
A decisão deve ser feita junto a um urologista experiente, que pode avaliar os exames, esclarecer todas as dúvidas e indicar a técnica mais adequada com base na segurança, nos riscos e nos resultados esperados para cada indivíduo.
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