Homem com mãos na frente da calça que está molhada porque sofreu com um episódio de incontinência urinária.

A incontinência urinária é caracterizada pela perda involuntária de urina pela uretra. Essa condição pode se manifestar tanto em pequenos escapes diários quanto em perdas maiores e incontroláveis.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 5% da população mundial de todas as faixas etárias sofrem com o problema urológico, sendo mais comum entre mulheres e pessoas idosas.

No caso dos homens, a incontinência urinária ainda é cercada por tabus, o que faz com que muitos se sintam envergonhados de buscar ajuda médica. 

No entanto, procurar tratamento é de extrema importância para recuperar a qualidade de vida e o bem-estar.

Conheça os diferentes tipos de incontinência urinária, suas possíveis causas e os principais impactos na vida do paciente. 

Neste post, também explicaremos as opções de tratamento disponíveis. Continue lendo para esclarecer suas dúvidas!

O que é incontinência urinária?

A incontinência urinária é um distúrbio urológico caracterizado pela perda involuntária de urina. Essa condição pode se manifestar tanto em pequenos vazamentos diários quanto em perdas maiores e incontroláveis.

Esse problema causa enormes impactos na vida do paciente, o que inclui desconforto social, dificuldades no ambiente de trabalho e abalos psicológicos.

A condição afeta principalmente as mulheres, cerca de 26% da população feminina, segundo a pesquisa da OMS feita no Brasil, devido às fragilidades naturais do assoalho pélvico.

Contudo, a incontinência urinária também pode atingir os homens, aproximadamente 11,5% da população masculina.

Além disso, é comum associar esse transtorno exclusivamente ao envelhecimento. No entanto, apesar de o avanço da idade ser um fator que favorece a perda do controle urinário, ele não é a única causa da condição.

O que causa incontinência urinária?

Diversas doenças e problemas podem contribuir para o desenvolvimento da incontinência urinária feminina e masculina. Entre os tipos mais comuns, destacam-se:

  • Hiperatividade vesical ou bexiga hiperativa;
  • Bexiga neurogênica;
  • Prolapsos pélvicos, como o prolapso anterior ou cistocele, frequentemente chamado de “bexiga baixa” ou “bexiga caída”;
  • Lesão do esfíncter urinário, como pode ocorrer após uma prostatectomia radical;
  • Fraqueza dos músculos pélvicos, frequentemente associada à gravidez e ao parto;
  • Doenças neurológicas e psiquiátricas, como Parkinson, demência e esclerose múltipla.

Além dessas condições, existem fatores que podem desencadear ou agravar a incontinência urinária, incluindo:

  • Idade;
  • Consumo de álcool, cafeína e tabaco;
  • Obesidade (excesso de peso);
  • Histórico de gravidez e partos;
  • Uso prolongado de medicamentos;
  • Menopausa.

Em seguida, devido às diferenças entre os sexos, vamos relatar algumas causas específicas relacionadas a cada um deles.

Incontinência urinária masculina

Entre os homens, as razões mais comuns de incontinência urinária são:

  • Bexiga hiperativa;
  • Período pós-cirúrgico da próstata, principalmente nas fases iniciais de recuperação depois de uma prostatectomia radical (procedimento que remove completamente a glândula prostática e, geralmente, as vesículas seminais).

Em outros tipos de procedimentos prostáticos, como para tratar a hiperplasia prostática benigna, a incontinência urinária pós-operatória é menos frequente, mas ainda pode ocorrer, embora o risco seja pequeno. 

Para esclarecer qual é a probabilidade no seu caso, é fundamental conversar com um urologista.

Incontinência urinária feminina

Nas mulheres, os principais motivos de incontinência urinária estão ligados à hiperatividade da bexiga e à fraqueza dos músculos pélvicos.

A incontinência de esforço é mais comum após cirurgias pélvicas, múltiplos partos, excesso de peso ou prolapsos genitais. 

Já em mulheres jovens, sem excesso de peso e que nunca tiveram filhos, essa condição é rara devido à boa força da musculatura pélvica.

Na gravidez, o peso do feto pode pressionar a bexiga, causando escapes de urina, que podem continuar temporariamente ou de forma crônica após o parto.

Em qualquer caso, procure um urologista para avaliação e tratamento adequado.

Classificação da incontinência urinária

A incontinência urinária ocorre devido à fraqueza dos nervos simpáticos e parassimpáticos, diminuição da atividade muscular da parede da bexiga, obstrução na saída urinária e perda do tônus muscular na região pélvica.

Essa condição pode se apresentar de diversas formas:

  • Incontinência urinária de esforço: acontece quando os músculos pélvicos não são fortes o suficiente para segurar a urina. Assim, atividades que colocam pressão na bexiga, como espirrar, tossir, rir, levantar objetos pesados ou fazer esforço podem causar escapes urinários;
  • Incontinência urinária de urgência: caracteriza-se por uma necessidade súbita e intensa de urinar, tornando difícil chegar ao banheiro a tempo, mesmo que a bexiga contenha apenas uma pequena quantidade de urina;
  • Incontinência urinária mista: combina os sintomas de esforço e urgência, ocorrendo simultaneamente;
  • Incontinência urinária noturna: acontece durante o sono, resultando em perda involuntária de urina;
  • Incontinência urinária por transbordamento: surge quando a bexiga permanece constantemente cheia, causando vazamentos. Além disso, pode acontecer do órgão não se esvaziar completamente, o que leva ao gotejamento constante;
  • Incontinência urinária funcional: aparece devido a uma limitação física ou cognitiva que impede a pessoa de chegar ao banheiro a tempo. Por exemplo, um indivíduo com artrite severa pode ter dificuldade em desabotoar a roupa rapidamente para urinar.

Incontinência urinária: sintomas mais frequentes 

A principal característica da incontinência urinária é também seu sintoma mais evidente: perda involuntária de urina em diferentes quantidades. Além disso, outros sinais comuns que podem acompanhar esse problema são:

  • Necessidade urgente e frequente de urinar;
  • Sensação de bexiga ainda cheia mesmo após urinar;
  • Fluxo de urina fraco.

Lembre-se: a incontinência urinária, além de causar impactos físicos, também afeta o lado psicológico das pessoas, prejudicando a qualidade de vida. 

Essa condição pode levar à depressão e interferir na vida sexual, o que gera desconforto e constrangimento. 

Os sintomas também influenciam negativamente o trabalho e a autoestima, já que a dificuldade em controlar a urina limita as atividades do dia a dia e a interação social. 

Contudo, diversos indivíduos deixam de buscar ajuda médica por acreditarem, erroneamente, que se trata apenas de um efeito natural do envelhecimento, já que na maioria dos casos, a doença não causa incapacitação total.

 Já pensou em ter acesso direto ao Dr. Paulo Maron? Entre para o nosso grupo exclusivo no WhatsApp e receba dicas, conteúdos inéditos e tire suas dúvidas diretamente com o doutor em lives! Clique e faça parte dessa comunidade. Grupo gratuito por tempo limitado. 

Como é possível realizar o diagnóstico de incontinência urinária?

O diagnóstico da incontinência urinária pode ser feito por um urologista.

Muitas vezes, o exame clínico é suficiente para identificar o problema. 

Enquanto os sinais de aumento da frequência urinária, urgência em urinar e sensação de ardência podem indicar outras condições, como bexiga hiperativa ou infecção urinária.

Para avaliar e classificar a incontinência, exames como ultrassom pélvico, análise de urina, estudo urodinâmico e cistoscopia são comuns. 

É importante consultar um especialista para um diagnóstico preciso e tratamento adequado, a fim de prevenir complicações.

Como tratar incontinência urinária?

O tratamento para incontinência urinária varia de acordo com o tipo e a causa. 

Medicamentos anticolinérgicos e agonistas beta-3 ajudam a reduzir as contrações involuntárias da bexiga, mas é essencial tratar a causa subjacente, como infecções, cálculos ou inflamações, além do uso de remédio para incontinência urinária. 

Recomenda-se evitar alimentos que irritem a bexiga, como cafeína, álcool, tabaco, alimentos picantes, chocolates e bebidas gaseificadas. Esses itens devem ser eliminados da dieta gradualmente para avaliar possíveis melhorias.

Outras medidas englobam:

  • Consumir fibras e evitar constipação;
  • Combater a obesidade com exercícios;
  • Regular a ingestão de líquidos, mantendo o consumo diário em cerca de 1,5L, o que abrange alimentos.

Em alguns casos, a reeducação da bexiga com exercícios para incontinência urinária específicos pode ajudar a recuperar o controle.

Tratamentos para incontinência urinária: conheça outros procedimentos

O tratamento da incontinência urinária cirúrgico abrange os seguintes processos:

  • Injeção de toxina botulínica na bexiga para reduzir hiperatividade, indicada quando os remédios não funcionam. O efeito dura de 3 a 9 meses e pode ser repetido;
  • Fita suburetral (sling) para sustentar a uretra, indicada em casos leves de incontinência de esforço, tanto em homens quanto em mulheres;
  • Esfíncter urinário artificial, usado em perdas graves, é um dispositivo que controla a urina, mas exige habilidade manual e apresenta maior risco de complicações.

Contudo, é de suma relevância ressaltar que a realização da cirurgia mais adequada depende da gravidade, tipo de incontinência e do sexo da pessoa.

Procurando por um urologista? Conheça o Dr. Paulo Maron

Se você está em busca de saber o que é bom para incontinência urinária, saiba que o Dr. Paulo Maron é especialista nos tratamentos relacionados às condições urológicas.

A sua abordagem visa dar assistência individualizada e global ao indivíduo e não apenas nos órgãos que adoecem. 

Por isso, o Dr. Paulo Maron está sempre centrado no paciente, com o objetivo de sanar suas dúvidas e reduzir as suas ansiedades, além de oferecer tratamentos de alta qualidade, com foco no bem-estar dos seus atendidos.

Se você está com problemas urinários ou deseja entender um pouco mais da incontinência urinária, procure o Dr. Paulo Maron, pois ele terá uma abordagem baseada em suas necessidades.

Esclareça sua dúvida e agende uma consulta com o Dr. Paulo Maron agora mesmo.