Polaciúria é o termo médico utilizado para descrever a necessidade frequente de urinar, geralmente, acompanhada por uma diminuição no volume de cada micção.
Embora possa ser apenas um incômodo temporário em algumas situações, em outros casos, pode ser um sintoma de condições mais sérias que afetam o sistema urinário ou outros aspectos da saúde.
Se você tem percebido um aumento no número de idas ao banheiro, neste conteúdo, vamos explicar as principais causas dessa condição, como identificá-la e quais são as opções de tratamento disponíveis.
Continue lendo para entender melhor e cuidar da sua saúde de forma eficiente!
O que é polaciúria?
A polaciúria é caracterizada pela necessidade de urinar com muita frequência, mas sempre em pequenas quantidades.
Quem apresenta essa condição costuma ir ao banheiro várias vezes ao dia, embora o volume total de urina produzido ao longo do tempo permaneça dentro da normalidade.
No geral, essa alteração está relacionada a problemas no trato urinário inferior, que inclui a próstata, a bexiga e a uretra. Entre as possíveis causas estão a síndrome da bexiga hiperativa, infecções urinárias ou, em casos mais sérios, doenças que afetam a próstata, como a hiperplasia prostática.
Em situações normais, um adulto saudável elimina entre 800 e 2.500 ml de urina por dia, com a bexiga tendo uma capacidade média de 400 a 600 ml. Isso resulta em cerca de 2 a 4 micções diárias.
Quando a frequência aumenta de forma anormal, interferindo na rotina diurna e, às vezes noturna, utiliza-se o termo polaciúria para descrever o quadro.
Polaciúria: terminologia da palavra
O termo polaciúria tem origem no grego, sendo formado pela junção das palavras “pollakys”, que significa “frequente”, e “ouron”, que quer dizer “urina”.
Assim, polaciúria é utilizada para descrever uma condição caracterizada pelo aumento na frequência das micções.
Polaciúria: causas mais comuns da condição
A polaciúria pode ter diversas origens, o que engloba causas benignas e condições patológicas. Veja algumas das principais razões que podem levar ao aumento na frequência urinária:
- Infecções do trato urinário (ITU): infecções bacterianas no sistema urinário podem irritar a bexiga, resultando em uma necessidade mais frequente de urinar;
- Síndrome da bexiga hiperativa: caracteriza-se por contrações involuntárias da bexiga, o que ocasiona na vontade de urinar frequentemente, mesmo quando há pouco líquido armazenado;
- Diabetes mellitus: em pessoas com diabetes, a presença de glicose na urina estimula uma maior produção urinária, o que pode causar polaciúria;
- Hiperplasia prostática benigna (HPB): em homens mais velhos, o aumento da próstata pode comprimir a uretra, causando irritação na bexiga e aumento na frequência urinária;
- Cistite intersticial: essa condição crônica da bexiga é caracterizada por dor na região e aumento na frequência das micções;
- Consumo excessivo de líquidos: ingerir uma quantidade elevada de líquidos, principalmente antes de dormir, pode aumentar a necessidade de urinar;
- Medicamentos: o uso de alguns remédios, como diuréticos e determinados antidepressivos, pode ter como efeito colateral o aumento da frequência urinária;
- Hidratação excessiva: consumir grandes volumes de líquidos ao longo do dia pode sobrecarregar o sistema urinário, aumentando a frequência das idas ao banheiro;
- Condições emocionais: situações de estresse, ansiedade ou nervosismo podem levar a uma necessidade frequente de urinar, conhecida popularmente como “bexiga nervosa”.
Essas causas podem variar em gravidade, com isso, o diagnóstico correto é fundamental para direcionar o tratamento adequado.
Se a frequência urinária persistir, é importante buscar orientação médica para identificar a origem do problema.
Poliúria é polaciúria? Qual a diferença entre os termos?
Ainda que poliúria e polaciúria possam parecer semelhantes, são condições distintas que envolvem alterações no sistema urinário. Entenda as diferenças:
- Polaciúria: aumento da frequência das micções, ou seja, vontade de urinar com intervalos menores que o habitual. Frequentemente, associa-se à eliminação de volumes urinários menores que os normais;
- Poliúria: aumento do volume urinário, isto é, da diurese. Pode decorrer por mobilização de edemas, diminuição do hormônio antidiurético, diabetes mellitus e até por desobstrução aguda das vias urinárias excretoras.
Mesmo que possam coexistir em algumas condições, como o diabetes, os termos descrevem aspectos diferentes do funcionamento urinário e demandam abordagens distintas para diagnóstico e tratamento.
Quais são os sintomas da polaciúria?
A polaciúria é caracterizada por sintomas específicos relacionados ao aumento na frequência das micções. Entre os principais sinais, destacam-se:
- Necessidade frequente de urinar: aumento no número de micções ao longo do dia, que pode ocorrer também durante a noite (noctúria);
- Pequeno volume de urina por micção: apesar da frequência elevada, cada vez que a pessoa urina, o volume eliminado é reduzido;
- Sensação constante de que a bexiga não esvaziou completamente: mesmo após urinar, pode haver a impressão de que a bexiga ainda está cheia;
- Interferência na rotina: a necessidade frequente de ir ao banheiro pode atrapalhar atividades diárias, como trabalho, lazer e sono;
- Irritação ou desconforto ao urinar: em alguns casos, especialmente se houver infecção urinária associada, pode ocorrer ardência ou dor durante a micção.
Se esses sintomas persistirem, é importante procurar avaliação médica. A polaciúria pode ser um sinal de condições subjacentes que necessitam de tratamento, como infecções do trato urinário, bexiga hiperativa ou problemas na próstata.
Como é feito o diagnóstico para a polaciúria?
O diagnóstico da polaciúria começa com uma análise cuidadosa do histórico médico e um exame físico completo.
É essencial, inicialmente, avaliar as características da urina, como a presença de sangue (hematúria), pus (piúria) ou alterações na cor (colúria), que podem indicar infecções urinárias ou doenças nos rins.
Além disso, sintomas associados, como dor ao urinar (disúria) ou a sensação de que a bexiga não se esvaziou totalmente, são importantes para ajudar a identificar a causa da polaciúria.
A quantidade de urina eliminada durante o dia e a noite também desempenha um papel fundamental na avaliação.
A produção reduzida de urina (oligúria), o aumento excessivo (poliúria) ou a ausência total de urina (anúria) podem ser indicativos de condições como problemas renais ou distúrbios hormonais.
Outros sintomas relevantes, como dificuldades para começar ou manter a micção, alterações no fluxo urinário, incontinência, retenção urinária aguda, dor nas costas e inchaço nas pálpebras, rosto ou membros, são analisados para direcionar a investigação.
Testes complementares podem ser necessários, o que abrange análises de urina, culturas urinárias, ultrassonografia renal, tomografia computadorizada, ressonância magnética ou exames de sangue para avaliar a função renal, níveis hormonais ou sinais de infecção.
Por fim, um histórico clínico detalhado, incluindo condições médicas preexistentes, uso de medicamentos e histórico de infecções urinárias ou outras condições relevantes, é de extrema importância para identificar fatores de risco e orientar a investigação diagnóstica.
Como tratar a polaciúria?
O tratamento da polaciúria depende da causa subjacente da condição. O objetivo é tratar o motivo principal para reduzir a frequência urinária e aliviar os sintomas.
Abaixo, vamos listar algumas abordagens comuns para o tratamento da polaciúria, com base nas razões mais frequentes:
- Infecções urinárias: quando a polaciúria é causada por infecções do trato urinário (ITU), o tratamento normalmente envolve o uso de antibióticos para erradicar a infecção. É importante seguir a prescrição médica corretamente e completar todo o ciclo do antibiótico;
- Bexiga hiperativa: se a condição for resultado de bexiga hiperativa, é recomendado incluir mudanças no estilo de vida, como exercícios para a bexiga, e medicamentos anticolinérgicos que ajudam a relaxar a bexiga. Em casos mais graves, pode ser necessário considerar terapias como a estimulação elétrica ou até mesmo intervenções cirúrgicas;
- Problemas na próstata: para os homens, condições como a HPB podem ser tratadas com medicamentos que ajudam a reduzir o tamanho da glândula, como os bloqueadores alfa ou inibidores da 5-alfa-redutase. Em casos mais graves, pode ser indicada cirurgia para aliviar a obstrução da uretra;
- Diabetes: quando a polaciúria é causada por diabetes, o controle rigoroso dos níveis de glicose é fundamental. O tratamento envolve o uso de medicamentos hipoglicemiantes ou insulina, além de mudanças na dieta e no estilo de vida;
- Excesso de líquidos ou diuréticos: se o problema for causado por consumo excessivo de líquidos ou uso de diuréticos, a solução pode ser ajustar a ingestão de líquidos ou revisar o uso de medicamentos com o médico, para garantir que não estejam sendo tomados em doses inadequadas;
- Outros tratamentos: em alguns casos, o tratamento pode envolver o controle de distúrbios hormonais, correção de desequilíbrios metabólicos ou o uso de medicamentos específicos para aliviar os sintomas da polaciúria.
É fundamental que o tratamento seja individualizado, baseado na causa identificada e acompanhado por um especialista para assegurar a eficácia e evitar complicações.
Se você suspeita que tem polaciúria, procurar orientação médica é o primeiro passo para um diagnóstico adequado e um tratamento eficaz.
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