A noctúria é a necessidade de acordar várias vezes durante a noite para urinar, o que pode interferir na qualidade do sono e no bem-estar dos indivíduos.
Essa condição pode estar relacionada a diversos fatores, como envelhecimento, doenças urinárias, problemas na próstata, diabetes e até hábitos de consumo de líquidos antes de dormir.
Acompanhe o conteúdo e compreenda o que significa noctúria, quais são seus principais sintomas e as opções de tratamento disponíveis para melhorar o conforto e a saúde no geral. Boa leitura!
O que é noctúria?
Chamada também de diurese noturna, a noctúria refere-se ao aumento da frequência de micções durante a noite, ainda mais quando a pessoa desperta para urinar mais de duas vezes.
Na maioria dos casos, essa condição está relacionada à produção excessiva de urina e ao aumento do desejo de urinar, sendo mais prevalente entre indivíduos com mais de 60 anos.
Da mesma forma, pode ser frequentemente associada ao envelhecimento e a diferentes problemas de saúde, compreender suas causas, formas de tratamento e cuidados adequados é essencial para garantir mais bem-estar.
Diferença entre noctúria e nictúria
Nictúria e noctúria são termos que descrevem a mesma condição: a necessidade frequente de urinar durante a noite. No entanto, de acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, há uma sutil diferença entre as duas expressões:
- Noctúria: refere-se ao desejo e à necessidade de urinar que fazem com que a pessoa acorde depois de já ter se deitado para dormir;
- Nictúria: é a alteração do padrão urinário normal, na qual o indivíduo passa a eliminar um volume maior de urina durante a noite do que ao longo do dia.
Noctúria: causas mais frequentes
Segundo a Associação Portuguesa de Urologia (APU), as causas de noctúria podem ser classificadas em três grupos principais:
- Relacionadas ao volume de urina;
- Associadas ao trato urinário inferior;
- Ligadas ao sono.
Cada uma dessas categorias pode envolver fatores fisiológicos, patológicos ou comportamentais.
Dessa forma, há diversas possíveis origens para a noctúria, que variam conforme o tipo identificado, como será detalhado a seguir:
Poliúria
A poliúria é caracterizada pelo aumento excessivo da produção de urina ao longo de 24 horas, ultrapassando 3.000 mL. Isso ocorre, geralmente, porque os rins filtram uma quantidade maior de água, inclusive durante a noite.
Além disso, a presença de substâncias na urina, como a glicose, pode estimular uma maior eliminação de líquidos. As principais razões da poliúria incluem:
- Consumo excessivo de líquidos;
- Diabetes não tratada (Tipo 1 e Tipo 2);
- Diabetes insípido e diabetes gestacional (que surge durante a gravidez);
- Entre outras condições.
Poliúria noturna
Já a poliúria noturna se refere ao aumento do volume urinário especificamente durante a noite, enquanto a produção de urina ao longo do dia permanece normal ou até reduzida.
As possíveis causas deste problema são:
- Insuficiência cardíaca congestiva: durante o dia, líquidos tendem a se acumular nas pernas devido à gravidade. Ao deitar-se para dormir, esse fluido retorna para a circulação, sendo filtrado pelos rins e resultando em maior produção de urina;
- Distúrbios do sono: como a apneia obstrutiva, que causa interrupções frequentes na respiração durante o sono;
- Uso de determinados medicamentos: diuréticos, glicosídeos cardíacos, lítio, demeclociclina, metoxiflurano, fenitoína, propoxifeno e excesso de vitamina D;
- Consumo elevado de líquidos antes de dormir: especialmente café, bebidas cafeinadas ou alcoólicas;
- Dieta rica em sódio: que pode contribuir para o desequilíbrio na eliminação de líquidos;
- Entre outros motivos.
Frequência urinária noturna
Esse é o tipo mais comum de noctúria e se caracteriza pela necessidade de urinar repetidamente durante a noite, entretanto, em pequenas quantidades por vez.
Normalmente, o volume total de urina produzido não é excessivo, pois o problema está na dificuldade da bexiga em esvaziar-se completamente ou em expandir-se adequadamente antes de gerar a sensação de urgência para urinar.
Entre os motivos dessa redução da capacidade da bexiga, é possível citar:
- Obstrução na saída da bexiga;
- Hiperplasia prostática benigna (HPB): crescimento anormal e não cancerígeno da próstata, que dificulta o fluxo urinário (em homens);
- Efeitos da radioterapia pélvica;
- Hiperatividade da bexiga, caracterizada por espasmos involuntários;
- Infecção da bexiga ou infecções urinárias recorrentes;
- Inflamação da bexiga;
- Cistite intersticial, uma condição crônica que causa dor e desconforto na bexiga;
- Câncer de bexiga;
- Apneia obstrutiva do sono, que pode influenciar a produção de urina durante a noite.
Sinais e sintomas da noctúria
Em geral, uma pessoa consegue dormir entre seis e oito horas sem precisar interromper o sono para urinar.
No entanto, quem sofre de noctúria desperta mais de uma vez durante a noite para esvaziar a bexiga, o que pode comprometer a qualidade do descanso.
Como mencionado anteriormente, a noctúria pode estar associada a condições de saúde mais graves. Por isso, é necessário estar atento a alguns sinais e sintomas que indicam a necessidade de buscar orientação médica, tais como:
- Levantar-se mais de uma vez por noite para urinar;
- Produção urinária em grande volume (especialmente em casos de poliúria);
- Sensação constante de cansaço;
- Sonolência ao despertar, causada pela fragmentação do sono devido às idas frequentes ao banheiro;
- Entre outros desconfortos.
Como é feito o diagnóstico da noctúria?
O diagnóstico preciso da noctúria exige uma abordagem detalhada e estruturada. Para isso, é de extrema importância realizar uma avaliação médica completa, que pode envolver:
- Histórico clínico – entrevista com o paciente para analisar seus hábitos de sono, consumo de líquidos, sintomas associados e possíveis doenças preexistentes;
- Exame físico – avaliação para identificar sinais de problemas no trato urinário, insuficiência cardíaca ou outras condições que possam estar relacionadas à noctúria;
- Exames laboratoriais – análise de sangue e urina para verificar a presença de infecções, diabetes ou outras alterações metabólicas;
- Monitoramento noturno – em alguns casos, pode ser necessário medir o volume de urina produzido ao longo da noite para uma melhor compreensão do quadro;
- Avaliação urológica – se a noctúria for persistente ou mais severa, exames como ultrassonografia, cistoscopia e outros procedimentos específicos podem ser recomendados.
Como tratar noctúria?
O tratamento da noctúria varia conforme a causa identificada durante o diagnóstico.
A primeira abordagem costuma envolver modificações no estilo de vida, como reduzir a ingestão de líquidos à noite, evitar o consumo de cafeína e álcool antes de dormir e adotar hábitos que melhorem a qualidade do sono.
Se a noctúria estiver relacionada a uma condição específica, como infecção do trato urinário ou diabetes, é primordial tratar a causa subjacente para reduzir os episódios noturnos de micção.
Em alguns casos, o uso de medicamentos pode ser necessário. Por exemplo, pacientes com HPB podem se beneficiar do uso de alfa-bloqueadores, que auxiliam no fluxo urinário.
A fisioterapia também pode ser uma alternativa eficaz, especialmente quando a noctúria está associada a problemas musculares ou neurológicos, ajudando na reabilitação do assoalho pélvico.
Em situações mais graves e resistentes ao tratamento convencional, dispositivos médicos, como marcapassos sacrais, podem ser recomendados para ajudar a controlar a frequência urinária noturna.
Tratamento para noctúria é com o Dr. Paulo Maron
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A sua abordagem visa dar assistência individualizada e global ao indivíduo e não apenas nos órgãos que adoecem.
Por isso, o Dr. Paulo Maron está sempre centrado no paciente, com o objetivo de sanar suas dúvidas e reduzir as suas ansiedades, além de oferecer tratamentos de alta qualidade, com foco no bem-estar dos seus atendidos.
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