Nos últimos anos, com toda a evolução tecnológica muita informação foi gerada na internet. O “Dr. Google” virou referência número 1 quando o tema é saúde e doença. A cada dia, surgem milhares de ‘postagens’ a respeito dos mais variados assuntos relacionados ao câncer. Definitivamente este é um processo natural e, com sinceridade, pode não ser de todo ruim, ou melhor – tem grande potencial para amplificação de boas e verdadeiras informações.

Ao mesmo tempo, porém, não é raro recebermos questionamentos online, correntes em aplicativos e mídias sociais (WhatsApp, Facebook, Instagram…) questionando a eficácia de tratamentos comprovados por estudos sérios e consagrados – vacinas, quimioterápicos, entre outros – e pior: mensagens propagando medicações e pílulas milagrosas para a cura do câncer.

As hoje conhecidas “Fake News” podem impactar de forma desastrosa no tratamento de doenças já erradicadas e na condução dos pacientes portadores de neoplasias malignas. Além da falsa esperança criada, os pacientes tomados por desconhecimento e insegurança muitas vezes abandonam as terapias padrão em busca da poção mágica, mística… o milagre em forma de cápsula, pó, folha, plantas, misturas… uma verdadeira catástrofe que pode custar muitas vidas.

Devido ao aumento importante dessas notícias falsas, muitas empresas e profissionais da área bem intencionados vêm debatendo formas de combatê-las. Já é pauta de fóruns, congressos e até do Ministério da Saúde, o qual criou serviço via aplicativo para denúncias (para mais informações, acesse http://portalms.saude.gov.br/fakenews). As grandes mídias como Twitter, Facebook e Instagram vêm tentando fiscalizar e punir possíveis postagens duvidosas, porém com muita dificuldade.

Para não cair na armadilha das fake news, alguns cuidados devem ser observados:

1- Checar a ortografia. Muitos sites mal intencionados não costumam se preocupar com a estética da escrita, e não prezam pelo bom português, pois normalmente focam no sensacionalismo da notícia.

2- Checar a fonte da informação. Sempre que ler algo sobre dados estatísticos em medicina procure a fonte da informação. É de sites consagrados? Hospitais ou instituições reconhecidas? O estudo científico foi informado? Peça mais informações.

3- Checar a procedência do médico em questão. Olhe seu currículo, sua formação profissional, locais onde atua. Cheque se há registro no CRM. Não confie apenas na quantidade de seguidores em redes sociais!

4- Consulte um médico. Sempre que tiver lido algo que te intrigou, antes de qualquer atitude, agende uma consulta com o médico de sua confiança. Se preciso, leve as matérias que viu para discussão!

5- Denuncie! Apenas desta forma poderemos combater de forma ativa aos charlatões.

E para nós profissionais de saúde bem intencionados, é importante continuar escrevendo, postando e gravando vídeos com informações valiosas, para espalharmos as verdadeiras notícias e desta forma disponibilizarmos conteúdo de qualidade aos nossos pacientes.

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