A vigilância ativa no câncer de próstata tem se destacado como uma abordagem cada vez mais discutida e adotada no cenário médico atual.
Diante das complexidades e nuances de tal doença, entender quando a vigilância ativa é uma opção viável torna-se essencial para pacientes e médicos especialistas.
Em razão dessa circunstância, neste texto, vamos esclarecer o que é a vigilância ativa no contexto do câncer de próstata, suas vantagens, desafios e em quais casos essa estratégia pode ser considerada uma alternativa válida aos tratamentos mais invasivos.
Acompanhe a leitura do conteúdo!
O que é a vigilância ativa no tratamento para câncer de próstata?
A vigilância ativa é uma modalidade de tratamento do câncer de próstata. Nele, o paciente tem um acompanhamento médico seguido de uma rotina rigorosa, com consultas periódicas, realização de PSA e exame de toque retal, bem como ressonância da próstata e biópsia.
É uma forma interessante e crescente de postergar um tratamento mais invasivo em pacientes selecionados: aqueles que possuem um câncer indolente com baixíssimo volume de doença.
Dessa forma, o indivíduo durante esse processo tem a possibilidade de manter sua qualidade de vida, até o momento em que seja necessário uma intervenção, seja por cirurgia ou outras técnicas, adiando os efeitos colaterais de tais métodos.
É importante ter em mente que, quando um homem começa a fazer exames de detecção precoce do câncer de próstata, isto é, por volta dos 45 anos, há a possibilidade de identificar a enfermidade em estágios iniciais.
Ao contrário de muitos outros tipos de câncer, o desenvolvimento da patologia na próstata, geralmente, ocorre de forma gradual.
Se a vigilância ativa não for considerada como parte do plano de tratamento, muitos pacientes poderiam passar por cirurgias e outros procedimentos, mesmo quando seriam capazes de se beneficiar dessa abordagem.
Há algum risco de se adiar o início do tratamento do câncer de próstata porque se optou inicialmente pela vigilância ativa?
Desde que o paciente siga as orientações do seu urologista e realize os exames regularmente, como indicado, para tumores de baixo grau, a probabilidade de complicações é reduzida.
Inclusive, existem estudos que mostram os pacientes que se mantiveram na vigilância ativa, em 15 anos, com acompanhamento adequado, a taxa de mortalidade pela doença foi abaixo de 5%.
Quais são os benefícios da vigilância ativa no câncer de próstata?
Este método é recomendado para casos de tumores de tamanho reduzido e pouco agressivos, visando evitar abordagens invasivas e os efeitos colaterais indesejados.
É importante ressaltar que caso haja avanço da doença, o paciente com câncer de próstata avançado será retirado do processo e submetido a tratamento curativo, como cirurgia ou outras modalidades terapêuticas.
Pela vigilância ativa, é viável monitorar a evolução do câncer de próstata, preservando a qualidade de vida do paciente.
Dentre os principais benefícios desta técnica, destacam-se a prevenção de efeitos adversos e a redução das complicações associadas aos tratamentos cirúrgicos, hormonais ou radioterápicos, tais como:
- Disfunção erétil;
- Incontinência urinária;
- Riscos cirúrgicos, como infecção ou hemorragia;
- Efeitos colaterais da radioterapia.
No geral, a vigilância ativa no câncer de próstata representa uma abordagem cuidadosa e personalizada, que equilibra a necessidade de tratamento eficaz com a preservação da qualidade de vida do paciente.
Como é feito o acompanhamento dos pacientes na vigilância ativa?
A vigilância ativa pode ser adaptada para atender às necessidades individuais de cada indivíduo do sexo masculino, mas, em geral, envolve a realização dos seguintes procedimentos:
- Monitoramento do PSA a cada três meses;
- Exame de toque retal a cada seis meses;
- Realização de ressonância magnética uma vez por ano;
- Biópsia anual ou a cada dois anos;
- Realização de outros exames de imagem conforme necessário.
Existem critérios que são usados para a seleção de pacientes para a vigilância ativa?
Sim, os fundamentos mais utilizados para seleção de pacientes para vigilância ativa no câncer de próstata são:
- Níveis de PSA (Antígeno Prostático Específico) abaixo de 10 ng/ml;
- Tumor não palpável (classificação T1c);
- Grau de Gleason igual ou inferior a 3 na biópsia da próstata (Gleason igual ou superior a 4 é excluído);
- Escore de Gleason igual ou inferior a 6;
- Pelo menos duas biópsias de próstata. Cada análise deve conter no mínimo 6 amostras, e nenhuma delas pode apresentar mais de 50% de células neoplásicas. O tamanho do câncer deve ser menor que 3mm e o número de amostras positivas deve ser menor que 3;
- Densidade do PSA igual ou inferior a 0.10 ng/ml por grama;
- Aumento do PSA acima de 0.75 ng/ano ou tempo de duplicação inferior a 3 anos;
- Identificação de alterações no exame de toque retal;
- Presença de infiltração perineural.
É de suma importância relatar que os critérios citados acima podem variar de acordo com os trabalhos já existentes a respeito do assunto.
Qual a importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata?
É sempre importante destacar que os homens devem manter seus exames regulares atualizados. Além de aumentar as chances de cura, encontrar o câncer de próstata em estágios iniciais permite tratamentos menos invasivos, como a vigilância ativa.
De acordo com o Inca, cerca de 15 mil indivíduos morrem anualmente no Brasil devido ao câncer de próstata, tornando-se a segunda causa de morte por câncer em homens.
Tal doença, normalmente, não apresenta sintomas em suas fases iniciais, tornando os exames regulares com o urologista essenciais para a saúde, longevidade e qualidade de vida masculina.
Portanto, mesmo que você não esteja apresentando sintomas, é recomendado que homens com 50 anos ou mais (ou 45 anos com fatores de risco) consultem um urologista e realizem exames preventivos.
Já fez seus exames de saúde anuais? Se ainda não, o Dr. Paulo Maron está à disposição para ajudá-lo.
Tratamento para câncer de próstata com o Dr. Paulo Maron
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